quinta-feira, 2 de abril de 2009

Por que falar de Cultura Organizacional em épocas de crise? Parte 2

Se Cultura Organizacional tem a ver com as relações criadas entre o público interno e a organização, o que isso tem a ver com momentos de crise, principalmente analisando crises que têm reflexos ou causas externas? Sendo bem simplista: porque é o público interno que dá o “colchão de credibilidade” que a empresa tanto precisa em momentos críticos. Afirmar, externamente, que se age de determinada forma, sem o endosso do público interno, é discurso vazio, oco que cai no descrédito com enorme rapidez.

Sem entrar nos detalhes já abordados pelos colegas aqui neste blog sobre a importância da comunicação interna, o fato é que estas ações não são importantes apenas para funcionários, mas também para a credibilidade geral da empresa. O entendimento da Cultura Organizacional, neste contexto, é essencial.

Pois se a Cultura é fator determinante na construção da identidade organizacional e se esta reflete a personalidade da companhia, a gestão da identidade é uma importante ação de construção e manutenção da imagem e reputação corporativa. As empresas buscam as diversas ferramentas de comunicação para ter um posicionamento claro e positivo junto a seus stakeholders, mas o fato é que sem o conhecimento profundo de sua Cultura Organizacional qualquer posicionamento pode ficar superficial e insustentável.

Durante uma crise, a imagem das organizações está sempre a um passo de ser totalmente prejudicada, e é neste momento que os stakeholders mais esperam um posicionamento das empresas. É por isso que devemos, sim, falar de Cultura Organizacional também em épocas de crise.


Bruno Carramenha é Executivo de Atendimento da LVBA Comunicação e professor-assistente de Gestão da Comunicação Interna na Faculdade Cásper Líbero.

Um comentário:

Mayra Martins disse...

Ótimo artigo! Empresas que cuidam da sua identidade no dia-a-dia, independente do momento pelo qual estão passando, adquirem uma vantagem perante as outras de poder contar com a imagem sólida construída para contornar, mais facilmente, possíveis situações de crise. O fato é que o trabalho da identidade da companhia deve ser foco todos os dias para que sua verdadeira imagem seja consolidada e, em momentos de crise, não tenha que ser 'esculpida' em semanas; o que, obviamente, é inviável.