quinta-feira, 4 de março de 2010

Interconexões dos fatos nas hierarquias empresariais

Tomando como ponto de partida o excelente post da colega Juliana Rodrigues, “Conhecimento e Intrerconexões dos Fatos”, atrevo-me a colocar um pouco de “pimenta nesse molho”, como minha querida e admirada colega, Claudia David, costuma falar. De fato, ler, interpretar e avaliar cenários internos e externos é um talento ou uma competência que fará toda a diferença no mundo empresarial contemporâneo.
É inevitável voltar a afirmar que os fluxos de informações dentro e fora das empresas são agora sabidos como tão rápidos como as sinapses cerebrais. E digamos que no “mercado informal” a velocidade é ainda maior. O que nos requer, “gestores do ambiente” (pode ser?), mais agilidade e acuracidade nas nossas análises.
Até o momento, nada de novo. Só uma pimentinha amarela. Mas prosseguindo com o “molho”, será que as decisões na estrutura hierárquica gerencial ocorrem na mesma velocidade que os fluxos de informações e pareces dos profissionais “antenas parabólicas analíticas”?
Então, chegamos ao ponto “caliente”: os grandes ambientes corporativos são fortemente hierarquizados, o quê, é claro, requerido pelo porte organizacional. Contudo, em meio a riscos, a crises e nas simples atitudes do dia-a-dia, decisões que poderiam prevenir ou evitar um cenário negativo ficam presas em intermináveis níveis de validação. Sim. Estamos falando da dissincronia entre a dinâmica dos fatos interconectados, lidos, avaliados e do que diz respeito à velocidade das decisões gerenciais.
Onde está a lógica das interconexões nas hierarquias gerenciais? Onde se aplica a interdisciplinaridade dos processos? Como atribuir a essa estrutura mais velocidade? Como sincronizar tais dinâmicas e obter decisões mais rápidas, minimizando riscos e prevenindo crises corporativas?
Senhores e senhoras, o caminho é longo e a caminhada pode ser dolorida. Se crescer dói, imagine mudar! E mudar é totalmente possível. Os comitês interdisplinares têm sido uma boa demonstração de bons primeiros passos em algumas empresas. E já que estamos e falando também em redes, as ferramentas Web 2.0 são o coringa, quando se trata de velocidade, preservando as informações em segurança.
E como os colegas sabem, o caminho ainda é mais longo. Implementar estruturas horizontais e ferramentas colaborativas sem mudar a cultura que suporta as fortes estruturas verticais é tapar o sol com a peneira. E isso nos rende uma outra história!

Renata Santiago é Consultora em Comunicação, Gestão de Mudanças e do Conhecimento na TerraForum. Bacharel em Comunicação Social – Relações Públicas, especialista em Marketing (FGV) e pós-graduanda em Gestão Integrada de Comunicação Digital (USP), possui ampla experiência em Comunicação Corporativa, em especial, Interna e Digital – web 1.0 e 2.0. Liderou os projetos de reposicionamento da área de Comunicação Corporativa, modelo de governança para Comunicação Interna, revitalização da Intranet e modelo gestão, processos de comunicação interna para implementação da gestão de crises e projetos de Web 2.0, em ambientes corporativos.